Novo trecho do VLT em São Vicente tem parecer aprovado pela CETESB


07/11/2024 - Via Trólebus

Por Renato Lobo

CETESB Aprova Obras do Trecho do VLT na Baixada Santista

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) emitiu um parecer favorável para as obras de um novo trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Baixada Santista. O documento subsidia o licenciamento ambiental prévio necessário para a implementação do VLT, abrangendo também a construção da via permanente, bancos de dutos, rede aérea e sistemas de iluminação no trecho ferroviário da Ponte A Tribuna.

Detalhes do Novo Trecho

O trecho em questão será estendido do atual terminal Barreiros até Samaritá, em São Vicente, com um percurso de 7,5 km. A expansão contará com quatro estações para embarque e desembarque de passageiros (Ponte Nova, Quarentenário, Rio Branco e Samaritá), além de um pátio de trens em Samaritá e uma subestação de energia em Pretti da Silva.

Impacto no Sistema de Transporte

Segundo os dados do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), com a conclusão das obras prevista para 2030, o sistema de transporte coletivo intermunicipal (incluindo EMTU e VLT) será responsável por cerca de 42% dos deslocamentos. Com toda a rede do VLT em operação, estima-se que 41% dos usuários cheguem ao destino utilizando exclusivamente o VLT. Além disso, a implantação completa poderá reduzir o tempo médio de viagem, proporcionando uma economia de cerca de 135 minutos por mês aos usuários.


Divulgação EMTU
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Prazos e Investimento

O cronograma estipula que a implantação do VLT terá duração de 24 meses, com a expectativa de gerar cerca de 800 empregos durante o pico das obras. O investimento total previsto para o projeto é de aproximadamente R$ 315,9 milhões.

Requalificação Urbana e Desafios

A execução do projeto deve trazer melhorias no transporte público, requalificação urbana e valorização imobiliária na região. No entanto, existem preocupações relacionadas a possíveis desapropriações, transtornos causados pelas obras e alterações no tráfego. Para minimizar os impactos, foi proposto um canal de comunicação permanente com a população e um Plano de Comunicação Social, com ações de curto e longo prazo, que serão detalhadas na próxima fase do licenciamento.


Desapropriações e Programa de Acompanhamento


O VLT será implantado sobre a faixa de domínio de uma antiga ferrovia desativada. Caso haja necessidade de desapropriações ou relocação de moradores, será criado um Programa de Acompanhamento que incluirá o cadastro físico e socioeconômico das propriedades afetadas, identificação de grupos vulneráveis e regularização de ocupações irregulares, entre outros aspectos. As medidas também contemplarão o Decreto de Utilidade Pública (DUP) e processos relacionados a posse e acordos com proprietários.

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