Suposto lobby pode atrasar projetos da Copa em Cuiabá
Publicado: segunda-feira, 25 de julho de 2011
Especialistas em transportes dizem que sistema de transporte não fica pronto até o Mundial


Os projetos de adequação do sistema intermodal de transporte em Cuiabá podem estar comprometidos. Pelo menos é o que aponta a edição de domingo (24) do jornal Folha de S. Paulo.

O problema, segundo a publicação, é que o lobby promovido por empreiteiras e fabricantes de equipamentos ferroviários está modificando os projetos de transporte para a Copa de 2014.

Das cidades-sedes, Cuiabá e Salvador (BA) já assumiram publicamente a troca dos projetos. Segundo a Folha, outras cidades também sofrem "pressão" para mudarem o sistema de transporte a ser implantado. Natal (RN) também já incluiu um projeto ferroviárias em suas obras.

No início do mês, o governador anunciou a mudança do BRT para VLT. O projeto, que custaria R$ 488 milhões, deverá saltar para, no mínimo, R$ 1,1 bilhão. Segundo o jornal, o preço da passagem no VLT é projetado para ser o dobro do BRT.

Um consultor ouvido pelo jornal garante que os projetos do VLT não terão condições de ser finalizados até a Copa de 2014. "A única certeza nessas mudanças é que nenhum projeto VLT vai fica pronto até a Copa", disse o consultor Cláudio de Senna Frederico, ex-secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo e que trabalha com BRTs.

VLT reduz desapropriações, alega Eder Moraes

O presidente da Agência Executora das Obras da Copa do Mundo (Agecopa), Eder Moraes, em entrevista ao jornal paulista, afirmou que as desapropriações para realizar as obras do BRT seriam até 90 vezes maiores que para fazer o VLT. Segundo ele, não é adequado avaliar o projeto pelo custo.

"Estamos investindo R$ 1 bilhão na melhoria da qualidade de vida", afirmou Eder, que garantiu que as obras ficam prontas antes da Copa de 2014.

O presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, deputado José Riva, afirmou que não levou empresários até o Governo, e sim "consultores", para apresentar as vantanges do VLT. Segundo ele, haverá audiências públicas para debater qual o melhor sistema. "Nós não estamos preocupados com empresas, até porque tem que ser feita licitação", garantiu o parlamentar.

Fonte: Mídia News

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