Quem critica o VLT tem a mente pequena, dispara Governador

27/07/2012 - Cenário MT

Candidatos e MPE consideram obra muito cara

O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou ontem (26) que as pessoas que são contra a implantação do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) em Cuiabá têm “a mente pequena”. Nesta semana, os candidatos a prefeito da Capital Carlos Brito (PSD) e Mauro Mendes (PSB) criticaram o novo sistema de transporte, que deverá ficar pronto em março de 2014 e custará R$ 1,47 bilhão.

“Como governador e cidadão, eu sempre procuro pensar grande e trabalhar para fazer o melhor possível. Mas muitos insistem em ter a mente pequena, pois não conseguem vislumbrar uma Cuiabá mais moderna e mais eficiente aos seus habitantes”, afirmou Silval, em entrevista ao programa Chamada Geral, da Mega FM.
 
Ele afirmou que, até 2014, Cuiabá terá outra aparência. “Quero trabalhar para deixar a nossa Capital linda. Construiremos o primeiro VLT da América Latina. É uma obra que o Brasil está de olho, mas alguns preferem apenas criticar... Tem gente que critica até a Arena Pantanal. Esses dizem: ‘Investir 500 milhões de reais?’. Ora, se nos propusemos a fazer a Copa do Pantanal, o mínimo que devemos fazer é ter um estádio com padrão de primeiro-mundo; é ter um sistema de transporte moderno”, disse.
 
Em entrevista ao jornalista Lino Rossi, o governador disse que há uma confusão de informações por parte do Ministério Público Estadual (MPE) e dos candidatos, que questionaram, recentemente, os investimentos com infraestrutura - supostamente em detrimento da Saúde, Educação e outros setores.
 
Ele explicou que os recursos do governo Federal são específicos para as obras da Copa, e não influenciam negativamente na aplicação de recursos para outras áreas.
 
“Há uma confusão motivada pela ignorância... Essas pessoas dizem que não sabem nada sobre o VLT, mas fizemos diversas audiências públicas, detalhando o projeto. Todos tiveram, e ainda têm, a oportunidade de se informar melhor. Alguns dizem que o Pronto Socorro de Cuiabá precisa de recursos. Nós sabemos, e estamos trabalhando para isso, mas eles têm que entender que os recursos das obras não podem ser transferidos para o investimento e custeio da Saúde. Não está previsto financiamento para a Saúde. Educação é a mesma coisa. São recursos específicos, e vamos investir R$ 2,5 bilhões na região metropolitana”, disse.
 
Comércio afetado

Sobre o fato de os comerciantes, que estão instalados próximos as obras de mobilidade urbana, reclamarem da queda na arrecadação financeira, Silval afirmou que o Estado irá intervir e definir mecanismos para compensações.
 
“Todo esse transtorno momentâneo tem como objetivo melhorar a vida das pessoas no futuro. Mas entendemos que esses prejuízos existem, de fato. Tivemos uma reunião com representantes do comércio e definimos uma comissão que vai fazer um levantamento sobre este caso”, disse.
 
O governador admitiu até mesmo que empresar fecharam suas portas por causa das obras de mobilidade urbana. “Tem empresa que ficou isolada pelos bloqueios nas vias públicas e fechou. Mas não podemos admitir que comerciantes ‘quebrem’ por causa disso.
 
Estamos estudando uma forma de compensar as empresas que tiveram o fluxo de clientes reduzido, e as que realmente fecharam terão um tratamento diferenciado. Sem dúvidas, vamos achar um meio de compensar essa situação”, afirmou.

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