Trapiche em Macapá ficou pronto e foi depredado antes da reinauguração

04/05/2016 - G1 Amapá

Por Fabiana Figueiredo

Parte da fiação elétrica foi roubada e estrutura foi destruída, diz Setur.

Seinf estima que reparos custem R$ 120 mil aos cofres públicos.


Trapiche Eliezer Levy sofreu depredações após conclusão de reforma
Foto Fabiana Figueiredo/G1


A obra de reforma e ampliação do Trapiche Eliezer Levy, ponto turístico construído sobre o rio Amazonas, na orla de Macapá, foi concluída, mas a ação de vândalos e roubos adiaram a reinauguração do espaço, que aconteceria na segunda quinzena de março. O local teve parte da fiação elétrica roubada e estrutura física destruída.

Os reparos são estimados em R$ 120 mil, informou a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf). O ponto turístico está fechado desde agosto de 2015, quando foi iniciada a reforma, e segue sem visitas até o fim da nova obra, que não tem prazo para término.

“Nós iríamos fazer a entrega antes do feriado da Semana Santa e nós nos deparamos com a depredação do espaço. Furtaram os cabos, quebraram o espaço físico, como alguns parapeitos e correntes, isso caracteriza destruição do patrimônio público. Tivemos que suspender a reabertura e agora vamos organizar, fazer os reparos para poder realizar essa entrega”, disse a titular da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), Syntia Lamarão.

Após a conclusão da obra que custou R$ 922 mil, a estrutura que isolava o local foi retirada, o que possibilitou a depredação. O local foi isolado novamente e foi feito reforço na segurança do espaço, informou Syntia.

Atraso

Em agosto de 2015, quando iniciou a reforma do trapiche, a Seinf informou que a obra tinha a previsão de ser concluída em 90 dias. Os trabalhos foram dedicados à substituição da estrutura em madeira, manutenção da parte construída em ferro, rede elétrica e iluminação.

De acordo com a Setur, a obra sofreu atraso por questões judiciais. As empresas que ocupavam os dois espaços dedicados ao empreendedorismo, que funcionavam por concessão pública, não haviam disponibilizado o local para o início da obra e o governo do estado judicializou a situação.

“A obra foi concluída no início de março. O atraso foi causado porque tivemos que judicializar uma ação de reintegração de posse, que foi entregue em meados de janeiro”, falou Syntia.

A Setur está formalizando um processo de concessão pública onerosa, que vai selecionar duas empresas para atuarem nos espaços do início e da extremidade do píer.

Obras

Os serviços de reforma iniciaram após técnicos da Seinf, Corpo de Bombeiros e Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) realizarem uma vistoria no trapiche, em abril de 2015, que apontou falhas na estrutura do local, representando risco para a segurança dos visitantes. A iluminação precária também foi um dos problemas detectados.

Ao iniciar a obra, a Seinf também informou que o bonde do trapiche seria revitalizado. Nesta terça-feira (3), a titular da Setur declarou que há um estudo para que o equipamento seja reativado.


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