Qual o destino da ponte?

30/09/2010 - Diário Catarinense

HERCÍLIO LUZ
Qual o destino da ponte?
Até agora, não há projeto sobre o que vai passar sobre a senhora de ferro após fim da restauração

O uso da Ponte Hercílio Luz ainda é incerto. Até agora, não há definição sobre o que vai passar sobre a senhora de ferro após o fim da restauração. Com o impasse, a população corre o risco de ver a ponte recuperada, mas sem poder utilizá-la.

A responsabilidade em definir o uso é do Instituto de Planejamento Urbano (Ipuf) da prefeitura de Florianópolis. A informação é do superintendente do órgão, Átila Rocha dos Santos. Mas, segundo ele, até o momento, não há estudos a respeito disso. Rocha diz que a intenção é debater o assunto com o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), responsável pela recuperação.

– Não recebemos nenhum questionamento do Deinfra a respeito do uso da ponte. Essa é uma discussão que ainda precisa acontecer. Sabemos que o primordial da Hercílio Luz é a utilização para o transporte coletivo – disse o superintendente.

Por meio da assessoria de imprensa, o Deinfra informou que a decisão cabe à prefeitura e que a incerteza sobre a futura utilidade da ponte não interfere nos trabalhos de reforma. O projeto de reforço da estrutura contempla qualquer tipo de uso posterior, desde a passagem de pedestres até metrô, inclusive prevendo a possibilidade de uso simultâneo de metrô, carro e ônibus. As pistas serão asfaltadas mas, dependendo do uso escolhido, será necessária uma adaptação no piso. Assim, mesmo que a reforma seja concluída no prazo – 7 de junho de 2012 –, essas intervenções, que não fazem parte da restauração vão demandar ainda mais tempo de obra.

Estudo de viabilidade do metrô segue suspenso

Enquanto isso, continua suspenso o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental do metrô de superfície, solicitado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis. O edital de licitação para escolher uma empresa para fazer o projeto foi lançado em 30 de novembro de 2009. A concorrência foi finalizada em março, só que a segunda colocada recorreu ao Tribunal de Justiça. A alegação foi que o preço ganhador é inexequível, ou seja, que o estudo não pode ser executado pelo valor proposto pela empresa vencedora.

Após analisar o assunto, o TJ concedeu liminar e suspendeu a licitação. Depois de receber parecer do Ministério Público Estadual e todas as partes envolvidas serem ouvidas, o processo voltou para o gabinete do desembargador Cid Goulart no último dia 15. Agora, o grupo de câmaras de direito público vai dar a decisão final. A previsão é de que o assunto entre na pauta da próxima reunião, no dia 13 de outubro. Questionado a respeito do estudo de viabilidade do metrô, o superintendente do Ipuf, Átila Rocha, disse desconhecer o andamento e os detalhes do processo.

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