Belém do Pará

Companhia Urbana de Estrada de Ferro Paraense

1870 - 1947

Histórico

Em 1870, a Empreza de Carris de Ferro da Cidade de Belém a Nazareth, do concessionário Manoel Antonio Pimenta, foi transformada em sociedade anônima como o nome de Companhia Urbana de Estrada de Ferro Paraense, com seus estatutos aprovados no dia 22 de abril, através do decreto 4.719. Goza de privilégio de 30 anos além de subvenção de 10:000$000, paga pelos cofres públicos.

Em primeiro de novembro de 1870, foi inaugurada a primeira linha de bonde de tração animal, com bitola de 0,75 m, entre o Largo do Palácio e Nazareth, com o seguinte itinerário: Catedral, rua Pedro Rayol (atual Padre Champagnat), rua João Alfredo, rua Santo Antônio, Avenida 15 de Agosto (atual Presidente Vargas), Avenida Nazaré e Largo de Nazareth (atual Praça Justo Chermont). A primeira linha de bonde elétrico tinha o mesmo itinerário.

Em 1870, foram adquiridas 3 locomotivas, 4 carros de passageiros e 4 de carga.

Em setembro de 1871, é inaugurado o prolongamento até o Marco, a companhia passou então a contar com 7,522 Km de linhas. No mesmo ano foi entregue ao tráfego o ramal de Pindaré dom 1,610 Km.

Em 1871, a Companhia Urbana da Estrada de Ferro Paraense adquire 4 novos carros de passageiros, 3 locomotivas e 4 vagões para cargas. Nesse ano foram transportados 324.485 passageiros, nas duas linhas em operação: Nazareth e Marco.

Extensão das Linhas da Companhia Paraense em dezembro de 1871:

Largo de Palácio - Nazareth: 3,413 Km

Nazareth - Marco: 4.109 Km

Ramal da Trindade: 1.610 Km

Em 20 de maio de 1882, através do Decreto n. 8.543, o poder executivo aprova, com modificações, os estatutos da Companhia de Bonds Paraense, dando autorização para funcionar. Em 11 de junho de 1883 a Companhia Urbana de Estradas de Ferro Paraense inaugura sua primeira linha de bonde de tração animal.

A Companhia Urbana de Estrada de Ferro Paraense, mantinha 3 linhas em operação: a primeira ligando a Praça da Independência à Estação Principal de Nazareth, a segunda, ligando a estação ao Marco da Légua, e a terceira, de bitola estreita, também ligando a Praça da Independência à estação, mas passando por outros bairros.

Em 1884, no dia 24 de junho, inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro Bragança, entre São Braz e Benevides, com 20 km de extensão. Em 1887 foi iniciada a construção do trecho até o centro de Belém, inaugurado somente em 2 de maio de 1893.

Planta da cidade de Belém em 1899

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Minas Geraes, 19/03/1900

Estrada de Nazareth

Cartão Postal

Estrada de Nazareth

Avenida Independência

Cartão postal

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Em 31 de dezembro de 1902, segundo relatório dos exercícios dos anos de 1903 e 1904 da Companhia Urbana de Estradas de Ferro Paraense, o sistema de bondes contava com 988 animais e 2 locomotivas a vapor. A locomotiva era usada na linha do Marco da Légua nos dias festivos e na linha de Santa Izabel no dia de finados.

Linhas em 1902

1 – Largo da Pólvora
2 – Marco da Légua
3 – São José
4 – Umarisal
5 – Santa Isabel

Eletrificação

Em 15 de agosto de 1907, foi inaugurado o bonde elétrico. Em poucos anos se transforma numa das maiores redes de bondes elétricos do Brasil, com mais de 100 bondes e 60 Km de linhas.

Inauguração do bonde elétrico em 1907

Avenida 16 de Novembro

Correio Paulistano, 17/06/1908

Avenida de Nazareth

Em janeiro de 1910, em função do péssimo serviço prestado pela Pará Electric Company, que lutava pela falta de pessoal que abandonou o serviço para realizar o embarque de borracha, a população revoltada, depreda todos os bondes da companhia, queimando alguns, ficando 45 deles inutilizados.

Material rodante

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Boulevard Castilhos França

Em 1912, o sistema de carris conta com 34,796 km de linhas, incluso desvios e linhas duplas, 112 bondes elétricos, 110 reboques e 2 bondes de carga, transportando nesse ano 23.222.007 passageiros.

Arredores da Praça do Pescador em 1935

Rua 13 de Maio com Avenida Portugal em 1935

Coleção University of Wisconsin–Milwaukee Libraries
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Em 12 de outubro de 2007, a Prefeitura Municipal inaugura a linha de bonde turístico, com 2 km de extensão e carro movido a biodiesel , com capacidade para 45 passageiros. A linha funcionava apenas aos domingos e feriados, com viagem monitorada por guia turístico.