Empreza Emmerich & Comp.
City of Santos Improvements Company Limited
Serviço Municipal de Transportes Coletivos
1871-1971
Histórico
A Lei Provincial nº 67 de 10 de abril de 1870 e o contrato de 27 de maio do mesmo ano celebrado com a Câmara Municipal concedeu a Domingos Moutinho o privilégio exclusivo por 50 anos para o serviço de bonds em Santos, na qual a City Improvements foi sucessora.
Em 4 de maio de 1872, através do Decreto nº 4.959, foi organizada a Companhia Melhoramentos, responsável pelo serviço de transporte de passageiros e carga em ferro-carril tracionado por animais, além dos serviços de abastecimento de água e iluminação a gás da cidade de Santos.
A Lei Provincial nº 42 de 3 de abril de 1873, concedeu privilégio a Jacob Emmerick e Henrique Ablas para o estabelecimento de uma linha de bonds entre a cidade de Santos e São Vicente.
Constitucional, Campinas, 03/11/1875, p.3
Em 7 de maio de 1881, através do Decreto nº 8.087, a The City of Santos Improvements Company limited recebe autorização para funcionar no Império.
Em 1881, o sistema de ferro-carril de tração animal, explorado pela City of Santos Improvements Company era composto de duas linhas, uma destinada ao transporte de mercadorias entre a estação da estrada de ferro e a Alfândega e outra para o transporte de passageiros entre a cidade e a Barra (Boqueirão), totalizando 5,600 Km de linhas. Encontrava-se em construção um ramal de 3,2 Km para o transporte de passageiros entre a Barra e a Ponta da Praia. O material rodante era composto de 15 carros de passageiros e 13 de carga.
Correio Paulistano, 03/10/1883, p.2
Revolta contra a qualidade dos serviços da City
Correio Paulistano, 23/12/1884, p.2
Correio Paulistano, 09/08/1885, p.2
Em 16 de abril de 1886, efetuou-se com sucesso a experiência da locomotiva Jacob Emmerich. Em 7 de junho de 1886, foi aberta ao tráfego da linha de bonde a vapor entre Santos e São Vicente, sendo que o trecho entre Santos e Santa Maria era feito com tração animal e dalí a São Vicente em tração a vapor.
Correio Paulistano, 16/10/1886, p.2
Em 1886, a City, com escritório no Largo da Coroação, era encarregada do fornecimento de água, gás sendo proprietária de uma linha de bonde de tração animal entre a cidade o Boqueirão e a Ponta da Praia.
Correio Paulistano, 10/05/1887, p.3
Correio Paulistano, 13/05/1887, p.2
Em 27 de maio de 1887, foi inaugurada a linha ligando o centro da cidade à Villa Mathias.
Correio Paulistano, 23/09/1887, p.1
Contrato arquivado na Secretaria da Junta Commercial da Côrte
Correio Paulistano, 02/10/1887, p.2
Em 20 de novembro de 1887, os bondes da Companhia Carris de Ferro chegam à Praça da Coroação.
Correio Paulistano, 20/11/1887
Correio Paulistano, 07/12/1887
Em 20 de março de 1890, a Intendência Municipal da cidade de Santos concedeu autorização à Companhia Carris de Ferro para o assentamento de trilhos e linhas de bonds para os transportes de passageiros.
Em 27 de dezembro de 1890, foi inaugurado um novo desvio da linha da Barra na rua Rangel Pestana.
Linha São Francisco
Em 26 de dezembro de 1897, foi inaugurada a linha de bonde para o arrabalde de Nova Cintra.
Em 10 de fevereiro de 1902, foi inaugurada a linha da Ponta da Praia.
Cidade de Santos em 1903
Largo do Rosário
Cartão Postal circulado em 1904
Correio Paulistano, 21/02/1904
Eletrificação
Correio Paulistano, 14/04/1905, p.2
Em 11 de outubro de 1906, finalmente foi firmado o contrato entre a Camara Municipal e a City Improvements para a eletrificação dos bondes elétricos de Santos.
Em 28 de abril de 1909 a concessionária Companhia City inaugura o serviço de bondes elétricos de Santos na linha do José Menino. Na mesma ocasião a City inaugurou o serviço elétrico de pequenas cargas e encomendas com estação central na Avenida Emmerich, no Matadouro.
Linhas em 1910
Largo do Rosário
Amador Bueno (Beneficência)
Villa Mathias
José Menino
Mercado,
Paquetá, a cada 20 minutos
São Francisco, idem
Xavier da Silveira
Tramway Santos a São Vicente (15 viagens/dia/ sentido)
Em 5 de abril de 1912, foi inaugurada a linha do Boqueirão, via Conselheiro Nébias.
Em 1912, o sistema de bonde elétrico de Santos contava com 62,276 km de linhas, incluso desvios e linhas duplas, 40 bondes elétricos, 80 reboques e 35 bondes de carga.
Em 4 de outubro de 1919, foi iniciada a obra de assentamento dos trilhos do ramal de bonde elétrico entre o Paquetá e os frigoríficos da Companhia Docas, para o tráfego de bondes de passageiros. A nova linha, com ponto inicial no Largo do Rosário, foi inaugurada em 4 de fevereiro de 1920.
Depósito e Oficinas da City de Vila Matias na década de 1930
Light, dezembro 1935, P.38
O SMTC
O Serviço Municipal de Transportes Coletivos foi uma autarquia municipal criada pela Lei nº 1.297 de 19 de dezembro de 1951. Iniciou suas operações em primeiro de janeiro de 1952 ao assumir o acervo da Companhia City encampada pelo poder público municipal com 138 bondes elétricos, 47 reboques e 38 gôndolas, todos em estado precário de conservação, inclusive a rede aérea e a via permanente. Só restavam 40 bondes em operação.
Em setembro de 1952, foi concluída a elaboração do Plano de Transportes Urbanos do Município de Santos, preconizando a implantação de trólebus em substituição aos bondes. Em 1955 foi aberta concorrência pública para aquisição de 50 trólebus e cinco subestações retificadoras.
Em 5 de outubro de 1955, o SMTC colocou em operação seus primeiros ônibus a diesel com frota comprada de improviso, em função da justiça ter cassado a licença de operação da antiga empresa permissionária.
O SMTC remodelou os bondes a rede aérea e a via permanente, além de construir outras unidades em suas oficinas na Vila Matias.
Em novembro de 1964, os bondes das linhas 2, 13, 22 e 32 do SMTC, que seguiam pela Praia do Itararé, deixaram de entrar no município de São Vicente. A linha 2 passou a fazer ponto final na rua Santa Catarina.
Em fevereiro de 1968, o SMTC com 50 bondes, 50 trólebus e 105 ônibus a diesel transportava diariamente 251 mil passageiros.
Em 20 de abril de 1870, foi iniciada a retirada dos trilhos da Avenida Conselheiro Nébias.
Santos por volta de 1970
Santos por volta de 1970
Em 7 de janeiro de 1971, o Serviço Municipal de Transportes Coletivos contava com 43 bondes, 50 trólebus e 186 ônibus a diesel.
A Tribuna, 29/01/1971, p.1
Linha 42 com o bonde nº 268 o último a ser recolhido em 28/02/1971
A Tribuna, 11/12/1973, p.32
A Tribuna, 30/12/1980, p.28
A Tribuna, 10/06/1984, p.52
A Tribuna, 11/06/1984, p.20
A Tribuna, 19/08/1984, p.4
Trem Metropolitano de Santos
Segunda linha de bonde turístico
Em 23 de setembro de 2000, foi inaugurada a linha de bonde turístico entre a Praça Mauá e a antiga estação ferroviária da São Paulo Railway no bairro do Valongo.
Em janeiro de 2005, a linha bateu o recorde transportando 7 mil passageiros. Em dezembro do mesmo ano transportou 8 mil.
Em 2 de agosto de 2005, o governador do estado de São Paulo liberou 5,6 milhões de reais para o prolongamento de da linha turística em mais 3,5 Km, quando contava com 1,7 km de extensão.
Em 20 de setembro de 2005, foram recebidos 3 bondes portugueses, doados pelo Museu do Carro Elétrico da Sociedade de Transporte Colectivo do Porto, fabricados entre 1910 e 1935.
Em dezembro, de 2005 o prefeito João Paulo Tavares, recebeu uma resposta positiva do prefeito da cidade de Torino, Itália, para a doação de um antigo bonde de passageiros.
Em 18 de janeiro de 2006, foram realizados os primeiros testes dinâmicos do bonde português, sem dificuldades. Em 24 de janeiro de 2006, foi iniciada a operação do primeiro bonde da cidade do Porto em cerimônia com a presença do Prefeito e de grupos folclóricos portugueses. O bonde foi restaurado em 100 dias por funcionários da CET Santos e da CSTC.
Em junho de 2007, chega à garagem da CET um bonde Centex (Central Exit), que se encontrava no SESC de Bertioga, que operou até 1946 na cidade de New York e no ano seguinte na cidade de São Paulo, onde recebeu o apelido de Gilda.
Em fevereiro de 2009, foram entregues os dois bondes da cidade de Torino. A restauração do primeiro bonde foi iniciada em fevereiro de 2010.
Em dezembro de 2009, três bondes se revezavam na linha, dois portugueses e um escocês.
Etapas do Bonde Turístico
1º 09/2000 1,3 Km
2º 04/2009 1,2 Km
3º 12/2009 2,1 Km
Divulgação em março de 2024
Divulgação em março de 2024
Veículo Leve sobre Trilhos
O VLT foi projetado para ser a espinha dorsal do Sistema Integrado de Transporte Metropolitano da Região Metropolitana da Baixada Santista (SIM), cujo traçado aproveitava parcialmente o antigo leito ferroviário da Fepasa. Também faziam parte do SIM corredores de ônibus, linhas de barcas e estações de bicicletas. Em 17 de fevereiro de 2009, foi firmado o contrato entre o governo do estado de São Paulo e a empresa Metrô Leve para a elaboração do Projeto Básico do VLT de Santos.
Rede Básica em 2013
VLT de Santos em junho de 2018
Foto Alberto Marques
VLT de Santos em novembro de 2018
Foto Francisco Arrais
VLT de Santos em abril de 2019
VLT de Santos em setembro de 2019
VLT de Santos em setembro de 2019
Em 12 de março de 2024, foi assinada a ordem de serviço para o início das obras de ampliação e reforma da Ponte A Tribuna, antiga Ponte dos Barreiros, em São Vicente.
Passageiros Transportados
1881 191.767
1912 13.606.000
REFERÊNCIAS:
Santos. Correio Paulistano, São Paulo. 20 novembro 1887. p.1.
Junho 1886. Indicador Santista para 1887. Santos. p.58.
Nova Cintra. Correio Paulistano. São Paulo. 24 dezembro 1897. p.2.
Nova linha de bondes. Correio Paulistano. São Paulo. 06 outubro 1917. p.4.
Deixa de existir entre São Vicente e Santos a ligação via Praia pelos bondes do SMTC. A Tribuna. Santos. 15 novembro 1964. Segundo caderno. p.18.
SMTC. A Tribuna. Santos. 23 fevereiro 1968. p.3.
Prefeitura e SMTC são citados em ação popular: Novos ônibus. A Tribuna. Santos. 07 janeiro 1971. p.28.
Ordem de serviço para início das obras da 3ª fase do VLT é assinada em São Vicente, SP. G1 Santos e Região. 12 março 2024.
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